segunda-feira, fevereiro 11, 2008

A Força do Conjunto

A Copa de 2006 seria a consagração do futebol arte, a Inglaterra vinha com um time extremamente talentoso, dispunha de jogadores qualificados em todos os setores. O Brasil então nem se fala, vinha com uma equipe repleta de estrelas, era só colocar em campo que não poderia haver erro, nem precisaria treinar, pelo menos deve ter sido o que pensou Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção na época, pois cada treinamento canarinho era um show de pura exibição, uma festa só.

Mas quando a bola rolou para valer a coisa mudou de figura, times até então considerados limitados como Itália e Alemanha começaram a mostrar a força do conjunto e da determinação, enquanto Inglaterra e principalmente o Brasil, se apresentavam como um amontoado de craques, sem nenhuma identificação com o país que representavam e sem esquema tático e jogadas bem treinadas.

Ao final, a Alemanha fez uma copa inesquecível, terminando na terceira colocação sendo muito festejada pelo seu povo e a Itália se sagrou tetracampeã. Brasil e Inglaterra acabariam nas modestas quinta e sétimas posições, respectivamente.

Nesse final de semana tivemos o término da Copa das Nações Africanas. O torneio ganhou muito prestígio em suas últimas edições devido ao grande número de jogadores africanos atuando nos principais torneios do mundo. Os times de Gana, Camarões e Costa do Marfim entraram como favoritos. Jogadores como Samuel Eto`o, Essien, Drogba eram algumas das estrelas que compunham essas seleções.

Porém assim como na Copa de 2006, a campeão foi uma equipe que teve como maior arma o conjunto, uma seleção muito bem montada taticamente. O Egito apresentou uma equipe com apenas dois jogadores atuando fora do país, mas com um entrosamento de fazer inveja a muitos clubes, com jogadas ensaiadas e proposta de jogo bem definida, jogando um futebol de qualidade, digno de um campeão do futebol moderno.

Não acho que isso provou a perda de importância dos craques e que jogadores como Cristiano Ronaldo, Ronaldinho, Henry, Drogba não possam desequilibrar e ganhar uma partida. Só que eles precisam estar respaldados por um time bem entrosado para serem os jogadores diferenciados que costumamos ver nos clubes.
(MM)

Nenhum comentário: